segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O cristão pode tomar vinho?

Por Marcus Vinícius

Vez por outra sou abordado sobre a questão do vinho entre os cristãos. Certamente alguém desejoso de beber, querendo arrumar em mim, um motivo para “sossegar” a consciência. Não tenho problema com bebida e, de antemão digo que, em momentos especiais aprecio um bom vinho. Não estimulo e nem influencio ninguém a beber.

O estudo/pesquisa que agora faço, faço-o no intuito de fornecer material para uma reflexão bíblico/teológica sobre o sobre o assunto, e que cada um aja, decida de acordo com sua consciência, e pela iluminação do Espírito Santo de Deus.

O TERMO

O vinho (do grego antigo ονος, transl. oínos, através do latim vīnum, que tanto podem significar "vinho" como "videira") é, genericamente, uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo de uva.

Irosh ou vinho novo (usada 38 vezes no AT).

Shekar bebida fermentada naturalmente, ou que foi fabricada em processo de fermentação (usada 23 vezes no AT).

Yaim era o termo usado para bebidas em geral, indistintamente, fermentadas ou não, e que aparece 140 vezes no AT.

QUESTÃO CULTURAL: Portanto, a própria necessidade de alimentar-se de uma bebida nutritiva, e a carência de técnicas e recursos de conservação moderna, obrigava-os a terem na fermentação natural da bebida uma necessidade e um mal necessário, uma vez que o grau alcoólico nestas bebidas trazia embutido o problema do vício do alcoolismo, embriagues e suas consequências morais, físicas e espirituais.
EMBRIAGADOR

“Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente...” Não se deve nem mesmo desejá-lo, olhando-o – NÃO OLHES! Porque “no seu fim morderá como a cobra e como o basilisco picará.” E, continua o sábio: “Olharás mulheres estranhas” e, “teu coração falará perversidades” (Provérbios 23:31 a 35)

“Dirás: espancaram-me, bateram-me mas quando acordar beberei outra vez.”
Que desfecho terrível para um simples olhar e certamente o primeiro gole! São esses os passos para o vício: olhar, experimentar e a despeito das consequências, beber outra vez!
Conselhos

“Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou a sua mãe.
Como, filho meu? e como, filho do meu ventre? e como, filho dos meus votos? Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos ao que destrói os reis. Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beberem vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte;

Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espírito. Que beba, e esqueça-se da sua pobreza, e da sua miséria não se lembre mais.  (Provérbios 31:1-7).

Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. (Romanos 14:21).

O PODER MEDICINAL DO VINHO

“Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades”. (1 Timóteo 5:23).


 “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem”; (Tito 2:3).
LIDERES RELIGIOSOS:

    Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. (Tito. 1:7).

O VINHO E A SAÚDE
Os efeitos do vinho (e das bebidas alcoólicas em geral) sobre a saúde são objeto de intenso estudo. Nos Estados Unidos verificou-se um aumento considerável do consumo de vinho tinto durante a década de 1990, na sequência da publicação de várias notícias sobre o chamado paradoxo francês. Este último refere-se à menor incidência de doença coronária na França quando comparada com a existente nos Estados Unidos, apesar do consumo de quantidades elevadas de gorduras saturadas na dieta tradicional francesa. Os epidemiologistas suspeitam que esta diferença seja atribuível ao elevado consumo de vinhos pelos franceses, no entanto esta suspeita baseia-se em evidências científicas escassas.

O VINHO NA RELIGIÃO
O uso do vinho em cerimônias religiosas é comum em várias culturas e regiões.
O vinho é parte integral das tradições judaicas.
O kidush é uma oração sobre o vinho recitada para santificar o Shabat ou um feriado judaico.
Na Páscoa judaica, é obrigação de homens e mulheres beber quatro copos de vinho.
No Tabernáculo - o Santuário de Deus dos hebreus durante a peregrinação destes pelo deserto - e no Templo em Jerusalém, a libação - derramamento de vinho ou de outro licor que os Antigos faziam em honra a Deus - era parte do sacrifício.
No Cristianismo o vinho é usado no sagrado rito da Eucaristia (ceia do Senhor), quando Jesus compartilhou o pão e o vinho entre os discípulos (Lucas 22:19).
Crenças sobre a natureza da Eucaristia variam entre as denominações cristãs. Católicos Romanos, por exemplo, acreditam no milagre da transubstanciação, ou seja, na transformação do pão e do vinho na carne e sangue de Jesus. Protestantes (alguns) acreditam na consubstanciação, ou seja, o pão e o vinho já são o corpo e o sangue de Jesus (o corpo e o sangue acompanham os elementos) e outros praticam o memorial, pão é pão e vinho é vinho. Seria apenas para relembrar, rememorar o sacrifício.

Abraço quebra costela.
MV

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