Por Marcus Vinícius
Vez por outra sou abordado sobre a questão do vinho
entre os cristãos. Certamente alguém desejoso de beber, querendo arrumar em
mim, um motivo para “sossegar” a consciência. Não tenho problema com bebida e,
de antemão digo que, em momentos especiais aprecio um bom vinho. Não estimulo e
nem influencio ninguém a beber.
O estudo/pesquisa que agora faço, faço-o no intuito
de fornecer material para uma reflexão bíblico/teológica sobre o sobre o
assunto, e que cada um aja, decida de acordo com sua consciência, e pela
iluminação do Espírito Santo de Deus.
O TERMO
O vinho
(do grego antigo οἶνος, transl. oínos, através do latim vīnum, que tanto podem
significar "vinho" como "videira") é, genericamente, uma bebida alcoólica produzida por fermentação do sumo de uva.
Irosh ou vinho novo (usada 38 vezes no
AT).
Shekar bebida fermentada naturalmente,
ou que foi fabricada em processo de fermentação (usada 23 vezes no AT).
Yaim era o termo usado para bebidas em
geral, indistintamente, fermentadas ou não, e que aparece 140 vezes no AT.
QUESTÃO CULTURAL: Portanto, a própria necessidade
de alimentar-se de uma bebida nutritiva, e a carência de técnicas e recursos de
conservação moderna, obrigava-os a terem na fermentação natural da bebida uma
necessidade e um mal necessário, uma vez que o grau alcoólico nestas bebidas
trazia embutido o problema do vício do alcoolismo, embriagues e suas consequências
morais, físicas e espirituais.
EMBRIAGADOR
“Não olhes para o vinho
quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente...”
Não se deve nem mesmo desejá-lo, olhando-o – NÃO OLHES! Porque “no seu fim
morderá como a cobra e como o basilisco picará.” E, continua o sábio: “Olharás
mulheres estranhas” e, “teu coração falará perversidades” (Provérbios
23:31 a 35)
“Dirás: espancaram-me, bateram-me mas quando
acordar beberei outra vez.”
Que desfecho terrível para um simples olhar e certamente o primeiro
gole! São esses os passos para o
vício: olhar, experimentar e a
despeito das consequências, beber outra vez!
Conselhos
“Palavras
do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou a sua mãe.
Como,
filho meu? e como, filho do meu ventre? e como, filho dos meus votos? Não dês às mulheres
a tua força, nem os teus caminhos ao que destrói os reis. Não é próprio dos
reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beberem vinho, nem dos
príncipes o desejar bebida forte;
Para
que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Dai
bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de
espírito. Que beba, e esqueça-se da sua pobreza, e
da sua miséria não se lembre mais. (Provérbios 31:1-7).
Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem
fazer outras coisas em que teu irmão
tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
(Romanos 14:21).
O PODER MEDICINAL DO VINHO
“Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu
estômago e das tuas frequentes enfermidades”. (1 Timóteo 5:23).
“As
mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a
santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem”; (Tito 2:3).
LIDERES RELIGIOSOS:
Por ser encarregado da obra de Deus, é
necessário que o bispo seja irrepreensível:
não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro
desonesto. (Tito.
1:7).
O VINHO E A SAÚDE
Os efeitos do vinho (e das bebidas alcoólicas em
geral) sobre a saúde são objeto de intenso estudo. Nos Estados Unidos verificou-se um aumento
considerável do consumo de vinho tinto durante a década de 1990, na sequência da
publicação de várias notícias sobre o chamado paradoxo francês. Este último refere-se à menor incidência de doença coronária na França quando comparada com a existente nos
Estados Unidos, apesar do consumo de quantidades elevadas de gorduras saturadas na dieta tradicional
francesa. Os epidemiologistas suspeitam que esta diferença seja atribuível ao
elevado consumo de vinhos pelos franceses, no entanto esta suspeita baseia-se
em evidências científicas escassas.
O VINHO NA RELIGIÃO
O uso do vinho em cerimônias religiosas é comum em
várias culturas e regiões.
No Tabernáculo - o Santuário de Deus dos hebreus durante a peregrinação
destes pelo deserto - e no Templo em Jerusalém, a libação -
derramamento de vinho ou de outro licor que os Antigos faziam em honra a Deus -
era parte do sacrifício.
No Cristianismo o vinho é usado no
sagrado rito da Eucaristia
(ceia do Senhor), quando Jesus compartilhou o pão e o
vinho entre os discípulos (Lucas 22:19).
Crenças sobre a natureza da Eucaristia variam entre
as denominações cristãs. Católicos Romanos, por exemplo, acreditam no milagre
da transubstanciação, ou seja, na transformação do pão e do vinho na
carne e sangue de Jesus. Protestantes (alguns) acreditam na consubstanciação, ou seja, o pão e o vinho já são o corpo e o
sangue de Jesus (o corpo e o sangue acompanham os elementos) e outros praticam
o memorial, pão é pão e vinho é vinho. Seria apenas para relembrar, rememorar o
sacrifício.
Abraço quebra costela.
MV
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