quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A FINALIDADE DA BÍBLIA


 Texto elaborado para uso em aula pelo Profº Marcus Vinícius

A Bíblia narra descrições interessantes e variadas sobre o homem em seu comportamento no universo de Deus. Há a apresentação de exércitos em guerras, de nações que surgem e caem. Com que finalidade Tais fatos são apresentados? Que propósito teria Deus em permitir que eles ficassem na formação do povo que chama seu? Que interesse teria um homem comum em ler a respeito da Babilônia e Assíria e Edom  e Moabitas e Medianitas? O exame simples vai se desdobrar, no significado do livro como um todo para nós que o lemos. Temos clara convicção que nenhuma virgula do texto que lemos foi posta em vão.
Podemos simplificar numa só frase a finalidade suprema das escrituras: A Bíblia desvenda-nos o plano eterno de Deus no preparo de nossa salvação, por meio de Jesus Cristo.
Em Romanos 15:4 aprendemos que havia propósito didático nos relatos bíblicos em todos os tempos. Quando a Bíblia conta o erro e o pecado do rei Davi fala para nosso ensino.
Quando lemos o fracasso de Salomão, as vitórias de José e Daniel, sabemos que isso é para nosso ensino. A esperança contida no coração de Abraão por 25 anos do filho prometido, é santo exemplo para paciência.
Temos, portanto, nas experiências de todos, base para firmarmos nossas próprias experiências e lançarmos nossas firmes esperanças.
Em 1877 alguns arqueologistas fizeram escavações em Fayoum, no Egito. Descobriram ali o que teria sido a “cidade dos crocodilos”, num dos túmulos escavados, onde se procuravam muitos sinais arqueológicos valiosos, descobriram apenas crocodilos mumificados. Foi uma decepção. Mas, quando um dos trabalhadores irritado, partiu com a pá um dos “bichos”, descobriu que estava recheado de documentos. Eram papiros com recibos, cartas, contratos e até porções da Bíblia, muitas de enorme valor.
Deus tem cuidado de sua palavra. Ela nos apresenta o salvador. Cumpre-nos ler, aprender e divulgar esta maravilhosa palavra.

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Pedro Apolinário escreve: “O plano original de Deus não era dar ao homem a sua palavra de forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida (pg.21)”. “Ninguém que possua  este tesouro é pobre e abandonado. Quando o vacilante peregrino avança, para o chamado “vale da sombra e da morte”, não teme penetrá-lo. Ele toma o bastão e o cajado da escritura em sua mão e diz ao amigo e companheiro: “Adeus até nos encontrarmos novamente”. E confortado por aquele apoio segue o trilho solitário como quem caminha das trevas para a luz (pg.4)”.
Ellem White também tem o seguinte pensamento: “Este livro contém a mente de Deus, ... ele é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado, a carta magna do cristão. Nele o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno desmascaradas. Cristo é seu único assunto, o nosso bem é o seu desígnio e a gloria de Deus é o seu fim. Ele deve encher a memória, reinar no coração e guiar os pés...(pg.93)”.
William Carver declara: “a Bíblia é caracteristicamente a palavra de Deus aos homens e não a palavra de homens a respeito de Deus”.
John Banyan declarou: “ou este livro me afasta do pecado, ou o pecado me afasta deste livro”.
A Bíblia é como : Pão (João 6:50); fogo (Jeremias 23:29);  luz (Salmo 119:105); leite (1 Pedro 2:2); mel (Salmo 19:10); ouro (Salmo 19:10);  espelho (Tiago 1:23-25);  martelo (Jeremias 23:29); espada (Efesios 6:17 e Hebreus 4:12); semente (1 Pedro 1:23); é eterna (Isaias 40:8 e Mateus 24:35); é viva e eficaz (Habacuque 4:12); é fonte de verdadeira felicidade (Lucas 11:28 e Apocalipse 1:3); é o melhor alimento espiritual (Jó 23:12 e Jeremias 15:16); é útil para o ensino (2 Timóteo 3:16).
A Bíblia tem credibilidade. Um livro tem credibilidade se ele relata veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são, e quando o seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse caso, credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de satanás em  Gênesis 3: 4,5 são inspiradas mas não possuem autoridade, porque não é verdade (não é revelada), porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como satanás disse. A credibilidade ou veracidade da palavra de satanás não se relaciona ao que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.
É bom que se saiba também que a Bíblia é  indestrutível. Visto que, uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, outra porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. Porém, a Bíblia tem sobrevivido em circunstâncias adversas a mais de 3500 anos. Foram 40 autores humanos (sacerdotes, poetas, profetas, guerreiros, pastores, estadistas, sábios, médicos, pescadores), que em aproximadamente 1600 anos escreveram  a Bíblia em épocas diferentes e lugares bem distantes um dos outros tais como: Centro da Ásia, as areias da Arábia, os desertos da Judéia, nos palácios da Babilônia, nas margens do rio quebar, nas escolas de profetas em Betel e Jericó, nos pórticos do templo e em meio a civilização Ocidental. Apesar de todas as dificuldades a Bíblia não contém erros e nem contradições. Há sim, dificuldades na compreensão, interpretação, tradução e aplicação. Mas tudo isso é do lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos.
Originalmente os livros bíblicos não possuíam qualquer divisão, o que muito dificultava encontrar passagens específicas. Com o passar do tempo, houve várias tentativas de dividir o texto Sagrado. A divisão da Bíblia em capítulos  como a que temos hoje se deu em 1228 e foi feita pelo Cardeal e Arcebispo de Canterbury Stephen Langton, seu trabalho apareceu primeiro na vulgata latina e, apartir dela, para outras versões. E a divisão em versículos ocorreu em 1551 por Robert Stemphanus e em 1558 pelo Frade Santo Pagnino. Ou seja: a Bíblia católica tem 73 livros, 1.333 capítulos e 35.700 versículos. Já a Bíblia evangélica ou protestante tem 66 livros, 1.189 capítulos e 31.173 versículos.

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Saiba você que a menor Bíblia impressa é tão comprida quanto um palito de fósforo. Isto é, 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de espessura. Este livro miniatura foi impresso na Inglaterra e contém 878 páginas. Além de uma série de figuras representando cenas da Bíblia e pesa somente 20 gramas.

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Para tirar bom proveito da Bíblia Sagrada, devemos manuseá-la não sem propósito, casualmente, mas sim, com um plano definido de estudo. Algumas sugestões de métodos de estudo seriam : Leitura diária e contínua de toda a Bíblia, análise da mensagem de um livro bíblico, estudo que busque a solução bíblica para um problema específico, estudo por palavra, estudo por tópico e estudo biográfico.


Viver não tem escolha, mas pode-se escolher o modo de viver.

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