Por Marcus
Vinícius
A crise não é política, É Moral. Crise moral que se reflete na política,
desvelando e escancarando atos e práticas de corrupção nos três poderes da
República. O cenário político atual é “UMA VERGONHA” ...
Propicio
para um momento como o dia de hoje, é lermos a poesia de Cleide Canton, melhor
ainda, ouvir declamada por Rolando Boldrin, Veja o vídeo/letra e tire suas
conclusões.
Abraço MV.
SINTO VERGONHA DE MIM
Sinto vergonha de mim
Por ter sido educador de parte desse povo,
Por ter batalhado sempre pela justiça,
Por compactuar com a honestidade,
Por primar pela verdade
E por ver este povo já chamado varonil
Enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
Por ter feito parte de uma era
Que lutou pela democracia,
Pela liberdade de ser
E ter que entregar aos meus filhos,
Simples e abominavelmente
A derrota das virtudes pelos vícios,
A ausência da sensatez
No julgamento da verdade,
A negligência com a família ,
Célula-mater da sociedade,
A demasiada preocupação
Com o "eu" feliz a qualquer custo,
Buscando a tal felicidade
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim,
Pela passividade em ouvir,
Sem despejar meu verbo,
A tantas desculpas ditadas
Pelo orgulho e vaidade
Para reconhecer um erro cometido
A tantos floreios para justificar
Atos criminosos
A tanta relutância
Em esquecer a antiga posição
De sempre "contestar",
Voltar atrás
E mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
Pois faço parte de um povo
Que não reconheço, enveredando por caminhos
Que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
Da minha falta de garra,
Das minhas desilusões
E do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
Pois amo este meu chão,
Vibro ao ouvir meu hino
E jamais usei a minha Bandeira
Para enxugar o meu suor
Ou enrolar meu corpo
Na pecaminosa manifestação
De nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
Tenho tanta pena de ti,
Povo brasileiro.
Cleide Canton
"De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver prosperar a desonra,
De tanto ver crescer a injustiça,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
Nas mãos dos maus,
O homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
A ter vergonha de ser honesto".
Por ter sido educador de parte desse povo,
Por ter batalhado sempre pela justiça,
Por compactuar com a honestidade,
Por primar pela verdade
E por ver este povo já chamado varonil
Enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
Por ter feito parte de uma era
Que lutou pela democracia,
Pela liberdade de ser
E ter que entregar aos meus filhos,
Simples e abominavelmente
A derrota das virtudes pelos vícios,
A ausência da sensatez
No julgamento da verdade,
A negligência com a família ,
Célula-mater da sociedade,
A demasiada preocupação
Com o "eu" feliz a qualquer custo,
Buscando a tal felicidade
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim,
Pela passividade em ouvir,
Sem despejar meu verbo,
A tantas desculpas ditadas
Pelo orgulho e vaidade
Para reconhecer um erro cometido
A tantos floreios para justificar
Atos criminosos
A tanta relutância
Em esquecer a antiga posição
De sempre "contestar",
Voltar atrás
E mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
Pois faço parte de um povo
Que não reconheço, enveredando por caminhos
Que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
Da minha falta de garra,
Das minhas desilusões
E do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
Pois amo este meu chão,
Vibro ao ouvir meu hino
E jamais usei a minha Bandeira
Para enxugar o meu suor
Ou enrolar meu corpo
Na pecaminosa manifestação
De nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
Tenho tanta pena de ti,
Povo brasileiro.
Cleide Canton
"De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver prosperar a desonra,
De tanto ver crescer a injustiça,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
Nas mãos dos maus,
O homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
A ter vergonha de ser honesto".
Trecho de discurso de Ruy Barbosa
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