Por Marcus Vinícius
Perguntaram –me se é correto “amarrar” o diabo para que nenhuma coisa ruim aconteça durante o culto? Se a“Teologia do medo” Tem base bíblica e se realmente nós somos mais que vencedores?
A pergunta é longa, e mereceria análise ampla, porém me limito a dizer o seguinte. O que se requer é equilíbrio, à luz da Escritura Sagrada. Nas igrejas há pessoas que não crêem que Satanás e os demônios atuam hoje, ou que, pelo menos, tocam nos crentes. Outros vêem a mão do diabo em todos os males da presente vida. Ambos os grupos erram. Não é possível atribuir somente à maldade humana todos os atos de vandalismo, corrupção moral e conflitos entre pessoas, famílias, grupos sociais e nações. Por outros lado, atribuir todos esses males e maldades a Satanás é atribuir-lhe poder maior do que ele tem . Outra coisa: É certo que “aquele que nasceu de Deus” (regeneração) é guardado por Ele, “ e o maligno não lhe toca”. Mas esse filho de Deus “ não vive em pecado” (1 João 5: 18) e é exortado a permanecer em Cristo (santificação) “Filhinhos”, diz o apóstolo João, “agora, pois, permanecer nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda” (1 João 2.28). Se não perseveramos no uso dos meios de graça e na vigilância espiritual, poderemos servir de instrumentos de Satanás, como aconteceu com Pedro (cf Mateus 16:21-23).
Quanto à “Teologia do Medo”, é certo que em Mateus 10:28 Jesus recomenda que temamos aquele que pode fazer-nos perecer no inferno, mas, pelo contexto próximo e geral da Escritura, essa recomendação não é para que faças desse temor um tema de pregação constante. Muitíssimo mais vezes vemos as consoladoras palavras “Não temais” na palavra de Deus. O que está fazendo falta, e muita, estes dias, é a pregação do “temor do Senhor” que “é o princípio da sabedoria” (salmo 111.10 etc)
“Somos mais que vencedores, não é?. Sim “somo mais que vencedores se de fato, enfretamos o mal e o malígno” por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.37) “Somos mais que vencedores” se a “tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada” não nos separem “ do amor de Cristo” (8.35). O que a palavra de Deus nos manda fazer não é “amarrar o diabo” mas resisitr a ele (Tiago 4.7, é combatê-lo, não com palavras arrogantes, mas com as armas do Espírito (efésio 6:10-18), é conhecer bem a Escritura e aplicá-la com sabedoria e fidelidade, como fez Jesus na grande tentação (Está escrito…”(Mateus. 4.1-11).
Como vê, faço uso de textos bíblicos, afim de fundamentar as perguntas feitas por um Neopentecostal. Caso aja dúvida, poderemos em outra ocasião, ser mais sucinto.
O fruto da verdadeira árvore da ciência é a bondade.
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