Por Marcus Vinícius
A história bíblica mostra
que Deus tem chamado e capacitado pessoas para as mais diversas atividades.
Acredito que a mais nobre de todas as chamadas Divina é para o ministério da
sua Palavra. Entendo também que o fim de tão grande chamada é um só: SERVIR
como atalaia nas mãos do Senhor. Pastor quem faz é Deus, Quem vocaciona e chama
é o próprio Deus.
A Igreja Soberana, livre e
em união, vê, reconhece e aceita o seu líder espiritual como vocacionado pelo
próprio Deus. Ela (Igreja) tem competência celestial e civil para ordenar e
consagrar o seu pastor, como sempre o tem feito. A Igreja é do Senhor, e o
Pastor que a lidera também o é. Em servi o reino em uma Igreja local, o Pastor
há de ter somente o compromisso com Cristo e com as verdades do Evangelho, nada
além disso.
Percebe-se, ainda hoje,
uma querela sobre o serviço prestado por obreiro não ordenado (Leigo) e o
ordenado. Tal desunião entre pastores tem colocado o ministério em descredito e
feito surgir elementos que não mais aceitam a autoridade do púlpito. Considero
também nesse aspecto, aqueles que abandonam o ministério. Os que deixaram o
ministério que deixe de usar também o título de pastor, o uso do título por
quem não tem um “rebanho”, também enfraquece a figura do verdadeiro pastor. Sobre
este assunto, veja o que Paulo tem a dizer:
“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos
mistérios de Deus... Todavia, a mim mui pouco se me dar de ser julgado por vós,
ou por algum juízo humano; nem eu tão pouco a mim mesmo julgo... pois quem me
julga é o Senhor” (I
Cor. 4:1,3 e 4b).
Pense na fábula urubus e sabiás, de Rubem Alves e, perceba
que pode ser perfeitamente aplicada em nosso momento atual.
“Tudo
aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus,
aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que
mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para
isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mí-fá.
Mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre sí, para ver quais
deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros.
Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho
de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um
respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia
muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida.
A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com
os canários e faziam serenatas com os sabiás... Os velhos urubus entortaram o
bico, o rancor encrespou a testa e eles convocaram pintassilgos, sabiás e
canários para um inquérito
-
Onde estão os documentos de seus concursos? E as pobres aves se olharam
perplexas, porque nunca haviam passado por escola de canto, porque o canto
nascera com eles. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam
cantar, mas cantavam, simplesmente...
-
Não. Assim não pode ser. Cantar sem a
devida titulação é desrespeito à ordem. E os urubus, em uníssono. Expulsaram da floresta os passarinhos que
cantavam sem alvarás ...” Fonte:
ALVES, Rubem. Estórias de quem gosta de
ensinar. Cortez. 3ª edição, 1984. P.61
MORAL: Em
terra de urubus diplomados não se houve o canto de sabiá
Em outro momento escrever
no blog sobre Educação Ministerial.
Mas, desde já o espaço fica aberto para sua livre manifestação.
Abraço
quebra costelas.
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