Por Marcus Vinícius
A História da cristandade não
foi construída pelos que se arrogam ser alguma coisa, mas por homens e mulheres
de Deus que a si mesmos se humilharam diante da Majestade, Sublimidade,
Grandeza e Soberania de Deus. Toda vez que faço uma leitura da vida de Jesus
vejo-o como uma Pessoa totalmente despida de si mesma, abnegada e focada na
missão que recebeu do Pai.
Os Profetas do AT, homens de
Deus, eram muito conscientes de sua própria fraqueza. Destacamos Elias, Eliseu,
Micaías, ... Já no limiar entre o AT e o NT, vemos João Batista que foi
designado para preparar o caminho do Redentor sendo intrépido em seu curto
ministério, não se acovardando diante da imoralidade de Herodes Antipas. No NT
vemos Pedro, Paulo e tantos outros na mesma práxis. Todo eles foram homens
intrépidos, ousados, mas humildes em sua expressão, no exercício dos seus
respectivos ministérios e missão. Porque tinham consciência de quem eram e de
que fora Deus que os havia chamados. A concepção de mim mesmo sempre será na
medida em que tenho a convicção de quem é Deus, ou seja, o
entendimento da Pessoa de Deus determina a minha pessoa.
Vejo que o propósito de muitos líderes tem sido a
autopromoção. É impressionante o número de pastores que se autopromovem,
colocam fotos na entrada do templo, apreciam o elogio, a tietagem e até se
oferecem para pregar. Criam “ilustrações” exóticas e mentirosas. Gostam dos holofotes,
de estarem no auge, querem ser bajulados e considerados semideuses. A nossa
natureza humana gosta destas coisas. Esta é a síndrome adâmica. Lamento e
muito, o aumento de obreiros, arrogantes, vaidosos e tomados de uma filosofia
de autopromoção que me faz sentir desprezo.
Sabemos que dentro
do homem a um coração ganancioso cujo intento é sempre possuir e possuir. (Coisas,
fama, trono, pódio, admiração, glória pessoal). O Senhor Jesus referiu-se a
essa tirania das coisas quando disse aos Seus discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo ...” (Mt
16:24,25).
Não duvido de que esse
apego possessivo às coisas seja um dos hábitos mais danosos da vida, por ser
ele tão natural e generalizado. Como
também seus efeitos, que são trágicos e maculam a mensagem do verdadeiro
evangelho.
“Bem aventurados os humildes de espírito porque
deles é o Reino dos céus” (Mt 5.3)
Que o Senhor cresça e que diminua
eu!
Abraço fraterno.
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